segunda-feira, abril 30, 2012

Adeus para você!

O que aconteceu?
O mundo não é mais tão igual.
Ainda é colorido mas não é ideal.

O que aconteceu com as marés,
As tardes quentes, as folhas verdes e
As alegrias da vez?

As fotografias contam o tempo que não volta,
Tornam as antigas alegrias melancolias sem vida.

O que aconteceu com o que era bom?
Não está guardado em nenhum lugar?
Então se desintegrou, adormeceu, perdeu o tom.

Velhos tempos, velhos tempos,
Adeus!
Pois talvez não tenha volta.
Cansei dessa demora para reaver
O que não deveria ter ido embora.
Adeus para você!

Tamires

sexta-feira, abril 27, 2012

Do início

Hoje não sou poesia pronta.
Sou apenas um rascunho desfeito, apagado,
Uma lembrança nada bonita do que jamais cheguei a ser.

Hoje não sou o meu máximo.
Sou apenas um desabafo assustado, angustiado,
Um muro fechado, inundado de visões e dor.

Hoje não sou nem uma cor.
Sou a intimidade da solidão, um borrão,
Uma imagem distorcida e triste.

Hoje não sou nada além de destroços
Sou canteiro pronto para construir.

Há muito para desfazer, marretar, encolher e aumentar.
Há muito para modificar, pra sentir diferente.
Tô pronto pra recomeçar.


Tamires

quinta-feira, abril 05, 2012

Livres palavras



Rimas pobres, já as fiz lá trás,
Vou fugir da musicalidade das terminações iguais,
E escrever apenas...
Sem métrica, sem regra, sem qualquer cabresto.
Minhas palavras estão sem dono
E tomarão o tom que quiserem.
Numa página escreverão sobre alegria
E em outra cairão em lágrimas de tristeza,
Pois sabem da realidade,
Da temporalidade,
Da efemeridade
Da Sublime experiência de viver.
Minhas palavras são vivas,
Voam sem limites e alcançam novos patamares.
Repousam em mim e arrancam o que eu nem sabia que existia -
Minhas belezas e argumentos,
Minhas sentenças doces, duras, infinitas ou frias.


Tamires
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