terça-feira, junho 26, 2012

Eco

Nessa loucura medicada o que me dá nome é a fome.
Fome que me faz prosseguir , seguir, seguir, seguir
De pouco a pouco curo a vaidade em nome dessa fome sem nome.
Me adianto (em continuar) no ar, no ar, no ar.

Há pouco, soube que à noite ela dorme
E nessa hora não me consome, some, some.
Deixo a paisagem e me concentro em definir esse nome,
Mas só quero (repousar), pousar, pousar, pousar.

Não tem medo ou apego que me tome.
Ainda continuo sentindo, indo, indo
De infinito a infinito criando e desmanchando nome.
Me sinto (revoltar), voltar, voltar, voltar.

Segura de mim e de tudo que me ame
Pego carona voltando, ando, ando, ando
Sem me importar mais com qualquer nome
Só queria ter (um pedido), ido, ido, ido.
Por favor, nunca durma, fome sem nome.


Tamires

Um comentário:

  1. Oi! Prezada Tamires.

    Na vida necessário a fome sem um nome específico, ou seja: Saber, vontade, amizade, prazer, querer, criar, estudar, seguir, ser, amar, aprender e vai por aí... O importante é termos sempre conosco a "Fome sem Nome". Do contrário morreremos fartos de vazios, onde nem mesmo uma pequena lembrança deixaremos para iniciar um conto, no entanto num canto, por encanto ser lembrado até mesmo num pranto.

    Um forte abraço, cheio de Paz e Luz.

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